A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) divulgou seus resultados do terceiro trimestre de 2022 (3T22). A empresa informou sobre a substituição do CAPEX Consolidado de R$ 4,1 bilhões para R$ 3,0 bilhões em 2022 e a projeção de produzir um volume total de minério de ferro mais compras de terceiros de 34.000 kton no fechamento de 2022. Informou ainda sobre a substituição da projeção de alavancagem, medida pelo indicador Dívida Líquida/EBITDA Ajustado de 1,0x em 2022 para um patamar entre 1,75x e 1,95x entre os fechamentos dos balanços anuais de 2022 e 2023.
A receita líquida totalizou R$ 10.897 milhões no 3T22, o que representa 3,1% de aumento quando comparado com o 2T22. Esse resultado é reflexo da maior atividade comercial e aumento no volume de vendas dos principais segmentos da Companhia, mas parcialmente compensado pelos menores preços registrados para minério de ferro e produtos siderúrgicos.
O custo dos produtos vendidos (CPV) totalizou R$ 8.359 milhões no 3T22, o que representa um aumento de 10,5% em relação ao 2T22, como resultado da manutenção de preços elevados de algumas matérias-primas como o carvão de coqueria, além de maiores custos com redutores nas operações de siderurgia e da maior movimentação nas minas.
A maior pressão de custos impactou negativamente a margem bruta que atingiu 23,3% no 3T22 e foi 5,2 p.p. inferior à registrada no 2T22. Esse desempenho reflete, principalmente, a dinâmica de preços provisionados na mineração e o impacto temporário do aumento dos custos com matérias-primas, efeito este que já começa a arrefecer no 4T22.
As despesas com vendas, gerais e administrativas totalizaram R$ 798 milhões no 3T22, 22,6% superior ao registrado no trimestre anterior, como consequência do aumento da atividade comercial verificada no período para os diferentes segmentos de atuação, mas parcialmente compensado por preços mais baixos com os fretes na rota C3.
O grupo de outras receitas e despesas operacionais foi negativo em R$ 707 milhões no 3T22, como resultado, principalmente, das operações de hedge accounting de fluxo de caixa que totalizaram R$ 418 milhões no período.
O resultado financeiro foi negativo em R$ 318 milhões no 3T22, o que representa uma retração de 64,3% em relação ao trimestre anterior, como consequência da normalização das despesas financeiras após um trimestre com pouca variação no valor das ações da Usiminas.
Desempenho operacional
A CSN apresentou retomada comercial e operacional no 3T22, com aumento no volume de vendas em todos os segmentos de atuação, ressaltando a resiliência da atividade industrial no período. No entanto, os menores preços verificados no mercado internacional e pressões de custos de insumos acabaram por reduzir o EBITDA do trimestre.
Como resultado, o EBITDA Ajustado do 3T22 atingiu R$ 2,7 bilhões e com uma margem EBITDA de 24%.
Desempenho comercial
A CSN apresentou crescimento de 19% no volume de vendas no mercado doméstico no 3T22, compensando a dinâmica mais fraca verificada no mercado externo. Por outro lado, a acomodação global de preços e a pressão temporária de custos acabou reduzindo a rentabilidade do período.
Incorporação dos ativos da LafargeHolcim
O 3T22 foi marcado pelo início da integração das operações da LafargeHolcim no resultado da CSN, impactando em um mês os números do segmento. Adicionalmente, a dinâmica do setor permaneceu bastante favorável, com a CSN apresentando aumentos de vendas e preços em todas as suas unidades. Como consequência, o EBITDA ajustado de cimentos apresentou forte expansão de 58% na comparação com o trimestre anterior, com margem EBITDA ajustada de 33%
Mineração
O trimestre foi marcado por uma retomada da capacidade produtiva, aumento da atividade comercial e forte diluição de custo fixo e custo de produção. No entanto, a queda no preço do minério acabou impedindo um desempenho financeiro mais consistente. Como consequência, o segmento de mineração apresentou EBITDA ajustado de R$ 916 milhões, com margem EBITDA ajustada de 36%.
Aquisição da UHE Quebra-queixo e da CEEE-G
A CSN concluiu, durante o mês de outubro, as aquisições da UHE Quebra-queixo e da CEEE-G, com a incorporação dos ativos ocorrendo a partir do 4T22. Esse é mais um passo importante para consolidar a estratégia pela busca de autossuficiência e competitividade no setor energético.
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